Cibercrime movimenta US$ 1 trilhão anualmente

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Data: 21 janeiro 2013

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Saiba como os criminosos virtuais conseguem tirar o seu dinheiro, e veja como se proteger.

 

O número de pragas virtuais não para de crescer em todo o mundo. Estimativas da Kaspersky, empresa de segurança online, apontam que em 2004, um novo vírus era descoberto a cada hora. Em 2006, já era um novo vírus a cada minuto. Hoje, temos um vírus desenvolvido a cada segundo… E, se continuarmos nesse ritmo de crescimento, qual será a realidade do mundo online no final de 2012?

 

Para completar, especialistas afirmam que 99% desses criminosos só querem uma coisa: o seu dinheiro. Exatamente por isso, o número de pragas focadas em smartphones está crescendo alucinadamente. O motivo é simples.

 

Denis Maslennikov, analista de malware, explica que “um laptop não está necessariamente associado a um número de cartão de crédito, mas o seu telefone estará sempre associado a uma conta em alguma operadora, não interessa se é pré ou pós-pago”.

 

Estimativas dão conta de que o cybercrime chegou a movimentar em torno de US$1 trilhão em 2011. Só para se ter uma ideia, o tsunami no Japão causou um prejuízo de US$300 bilhões aos cofres daquele país. É como se o mundo sofresse a perda de 3 tsunamis por ano, só na internet. E mais: os analistas também afirmam que 98% das empresas que têm alguma operação online sofreram tentativas de ataques no último ano, por mais que não tenham nem percebido alguma modificação em seus sistemas.

 

“Nós descobrimos que apenas um grupo na Rússia, focado em desenvolvimento de malwares para smartphones, conseguiu arrecadar US$1 milhão por mês”. Denis ainda brinca: “Parece mesmo que essa turma está trabalhando bastante”!

 

Mas como esses criminosos conseguem aplicar os golpes? A primeira resposta está no Google. Afinal de contas, muitos de nós recorremos ao mecanismo de buscas sempre que queremos encontrar um aplicativo interessante para nossos celulares. E aí mora o risco. Muitos desses desenvolvedores usam métodos chamados “Black hat” de SEO. Traduzindo: lançam mão de ferramentas não muito corretas para aparecer nas primeiras posições da sua pesquisa. Aí, você clica em um link e baixa um programa que traz, de “presente”, o malware desenvolvido pelo criminoso.

 

“Esse malware é capaz de roubar suas informações e também todos os seus contatos, além de enviar SMSs constantes para um número ‘premium’. Pronto, está feito o golpe”, diz Denis.

 

Números “Premium” são códigos específicos que cobram tarifas extras por algum serviço em seu smartphone. É aquele número que você vê em votações para programas de TV, ou em anúncios que te oferecem sorteios virtuais. Cada mensagem enviada para este número custa uma pequena fortuna, que vem cobrada na conta do usuário. E, dessa forma, o criminoso vai lesando as pessoas, até que se descubra a cobrança indevida. Isso pode demorar meses, até anos para os mais distraídos… Por isso mesmo, é sempre bom checar cada item da sua conta de telefone.

 

“Uma das dificuldades, nesse caso, é descobrir quem está por trás do golpe. É que existe toda uma cadeia de empresas que lucram com isso – desde a operadora de telefonia, até os provedores de serviço, agregadores… Em alguns países, como a Rússia, qualquer um pode alugar um desses números Premium de forma anônima. Isso só dificulta nosso trabalho”, explica Denis.

 

Enquanto não é possível encontrar uma solução universal para esses problemas, a responsabilidade acaba caindo no colo de todos nós, usuários. As dicas de segurança são sempre as mesmas: mantenha seu antivírus sempre atualizado, seja no Mac ou no PC. Use sempre a última versão do seu sistema operacional – Windows 7 ou Mac OS X Lion. No caso do PC, prefira a versão 64 bits.

 

Lembre-se, também, de sempre atualizar programas que são muito comuns, como o Adobe Reader, o Flash Player e o Office, já que vulnerabilidades desses softwares também são muito utilizadas para ataques. Navegadores também entram nesse grupo – utilize sempre a versão mais recente. Para completar o pacotão de segurança, procure utilizar senhas fortes e diferentes para cada um dos seus serviços online: seja ele o seu Facebook ou seu email pessoal.

 

A gente sabe que é difícil decorar tantos códigos assim. Por isso mesmo, te oferecemos uma ajuda. Entre agora nos links que acompanham essa matéria, que te mostraremos várias soluções para gerenciar e criar essas senhas monstruosas. Existem softwares que criptografam as letras e números, e outros que preenchem os campos automaticamente para você, sem risco algum. Acesse, aproveite e garanta a segurança na sua navegação!